Kê Li Kê Lá

5 filmes | HDV | 4:3 | 2010

sinopse

KÊ LI KÊ LÁ DOCUMENTÁRIO apresenta cinco filmes realizados por jovens do Casal da Boba, na Amadora, entre Setembro de 2010 e Janeiro de 2011, no âmbito de um laboratório de documentário inserido em Kê Li Kê Lá, o projecto de sensibilização artística e formação em cinema que a Vende-se Filmes desenvolve desde 2010.
Este projecto foi realizado em parceria com a produtora de cinema Terratreme e a Escola Superior de Teatro e Cinema.
Kê Li Kê Lá (“Ah, e tal” em crioulo) é um projecto de sensibilização artística e formação em cinema, com a duração de dois anos, que permitiu dar continuidade à relação que a Vende-se Filmes estabeleceu com o bairro Casal da Boba, no concelho da Amadora.
KÊ LI KÊ LÁ reuniu em todas as suas iniciativas dois percursos interdependentes, que colocaram os artistas e profissionais de cinema e os jovens do bairro num mesmo patamar de aprendizagem, partilha e mútuo conhecimento.
Os jovens participaram em workshops adquirindo conhecimentos na área audiovisual. As diferentes áreas de trabalho deste projecto – documentário, fotografia, interpretação, técnicas audiovisuais – permitiram adquirir ferramentas artísticas e de auto-conhecimento, criando condições para um espaço de reflexão.
Ao mesmo tempo, os artistas e profissionais de cinema envolvidos em KÊ LI KÊ LÁ recolheram toda a riqueza das histórias de vida do bairro com o objectivo de realizar uma curta-metragem – NADA FAZI – e desenvolver um guião de uma longa-metragem.
O desenvolvimento deste projecto contou com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação EDP.

 

Força, de Mário Monteiro, 12’

Os moradores do antigo Bairro das Fontainhas foram realojados no Casal da Boba, por força do Estado. Uma política fantasma de “inclusão social” que os fez deixar para trás as suas casas e um lugar com muitas recordações. De lá trouxeram um “quase tudo” que a pouco e pouco foram descobrindo que nunca tinham perdido. A união, uma forma de vida, uma cultura. A força… que os fez emigrar e acreditar.

 

Movimentos Pendulares, de Luís Aniceto, 9’

Paulo sai de casa de madrugada para trabalhar. Na estrada que o conduz ao trabalho fala da vida na periferia, da necessidade de um espaço para viver, de abdicar no presente para benefício das gerações futuras.
Movimentos Pendulares é um curto retrato do acordar da cidade. A necessidade de movimento dos seus habitantes define a vida quotidiana e desenha o espaço metropolitano.

 

Escolhi, de Sílvia Santos, 7’

“Cometi erros, vivi sensações, ocultei sentimentos e sorri…”
Escolhi é um documentário sobre a sensação, o impulso, a opção, o vício, a mágoa, o alento, o respeito, o silêncio e o sentimento de uma realidade.

 

Próximo Passo, de Dulcelina Moreno, 20’

Sempre tive o sonho de sair de casa dos meus pais muito cedo, para ganhar a minha independência e poder sustentar-me, mesmo que isso nem sempre fosse um mar de maravilhas.
Neste filme exploro o meu sonho e vou à descoberta dele, acompanhando uma amiga que está prestes a arranjar o seu espaço.
Próximo Passo retrata a procura de novas soluções para os problemas que vão surgindo, a descoberta de novas coisas, um mundo desconhecido e muito cobiçado.

 

Da Minha Zona Lixeira, de Miguel Moreira, 17’

Este filme aborda as minhas memórias, o que sinto quando encontro locais semelhantes à minha antiga casa. Nestes lugares em risco de demolição procuro saber: O que sentem os oradores perante tal acontecimento?

 

créditos

realizadores: Mário Monteiro “Boss”, Luís Aniceto, Sílvia Santos, Dulcelina Moreno, Miguel Moreira
outros participantes: Jacinta Moreira, Marco Calcário, Rafael Reis, Alcides Pires, Sara Guedes, Ana Ferreira, Débora Monteiro, Gizela Santos, Nelson Rodrigues, Liliana Conceição, Paulo Kamon, Nho Basofo, Rapazes do Bairro KDL, Meninas do Muro
montadores: Inês Pott (“Força”), Catarina Lino, Andrea Solís Di Miele, Sara Morais (“Movimentos Pendulares”), Mariana Cortes (“Escolhi”), Filipe Franco, Francisco Moreira (“Próximo Passo”), Ana Costa (“Da Minha Zona Lixeira”)
pós-produção de som: Ricardo Santos
formadores: Leonor Noivo, Pedro Pinho, Frederico Lobo, Tiago Hespanha, Francisco Moreira
produção: Daniela Soares
direcção artística: Filipa Reis, João Miller Guerra
coordenação de projecto: Filipa Reis

exibição

Festivais:
Festin
2011 | Lisboa, PT

 

Outras exibições:
Fundação Calouste Gulbenkian | Lisboa, PT